Há exatos 15 anos estávamos eu e meu querido pai no antigo Maracanã. Era um domingo ensolarado e não havíamos conseguido comprar os bilhetes para arquibancada. Mas não havia problema, pois finalmente, após ter visto o Tri-tchererê Estadual, poderia ver o meu Gigante ser campeão nacional, ou mais precisamente, Tricampeão.

O Palmeiras foi um adversário a altura (e freguês assíduo nos anos seguintes) e nos proporcionou uma partida muito dura. E eu, no alto dos meu metro e meio, não consegui ver muita coisa da partida. Mas o Maraca completamente abarrotado de 90 mil vascaínos exalava ansiedade e confiança ao som de “O Maraca é nosso, aha, uhu”.

Fiquei ali, posicionado atrás do gol de São Germano. O via pulando para a direita e para esquerda, quando a torcida gritava: “uhhhhhh”. E foi grito de uh até o final, de lá e de cá, exigindo muito daquele coração juvenil.

Ao final após 2 emocionantes empates em 0, o Machão da Gama sagrava-se Tricampeão. Edmundo, mesmo já italiano, ficou marcado como exterminador de Urubus e recórdes (maior artilheiro do campeonato e de gols em uma mesma partida até então) e aquele período, como o início do ciclo mais vitorioso do Gigante da Colina.

A você vascaíno, saudações. Independente da situação em que nos encontramos, o Vasco da Gama sempre será o Gigante da Colina.