Sempre ouço dizer que terminar ciclos em qualquer empreitada com início, meio e fim bem definidos é mais importante do que ter uma grande sacada. Eu concordo com esse pensamento porque ao alcançar o fim de um ciclo, você certamente teve que passar por um processo de aprendizado intenso. O resultado da empreitada é mero detalhe. Acredito piamente que o que vale mesmo é a estrada percorrida.

Chego agora aos 30 anos e me sinto mais uma vez no início de uma nova empreitada. A diferença agora é que a visão dos objetivos que minha família e eu traçamos é mais límpida, talvez pela sabedoria que a idade vai adicionando na gente. Isso não acontece quando somos jovens, onde somos inseridos em um sistema que não nos permite observar de forao mundo. Como bem diz o amigo Vinícius Teles, naturalmente somos jogados no fluxo contínuo que o sistema nos “impõe”. Aquele fluxo de escola > faculdade> carro > casamento > filhos, não necessariamente nessa mesma ordem. E quando vemos, não conseguimos realizar os desejos que nutrimos, ou nem mesmo conseguimos amadurecer tais desejos. Simplesmente porque entramos no flow e navegamos por ele até a “aposentadoria”, quando aí sim iremos “aproveitar a vida”.

Não que isso seja o pior dos mundos, longe disso. Conheço muitas pessoas que são felizes dentro desse modelo “tradicional”. Entendo que o problema dessa equação seja eu, que não me enquadrei e vivo buscando o aperfeiçoamento do meu modelo, a minha verdade. Para amadurecer essas ideias, busco conversar e trocar com pares que passam pelos mesmos desafios que eu estou passando. Um deles, o amigo Henrique Bastos, compartilhou ontem um artigo muito bom sobre o desafio em selecionar as boas  oportunidades e se afastar das distrações.  Vale a leitura!

E buscando inspiração nos insights dos amigos Henrique e Vinícius, do primo Vitor Wilher, da esposa, entre outros pares que me relaciono pela web, sigo buscando meu modelo, adaptando e aperfeiçoando o que funciona e o que não funciona pra mim. A diferença agora é que tenho mais sabedoria para avaliar melhor as oportunidades.

O fato é que chegou a hora de encerrar mais um ciclo e iniciar um novo, em que já não se terceiriza mais seu futuro, em que você é ator de sua vida, full time, all time. Por mais natural que essa frase possa parecer, raramente atuamos como ator de nossas vidas. Mas no final das contas, essa é só a minha verdade. O que vale pra mim pode não valer pra você. Mas se você tiver algo pra adicionar de construtivo nesse debate, deixe-me saber. Vou adorar trocar uma ideia contigo.